Consciência

Todos os textos que tenho publicado até agora são de minha autoria. Mas esse texto é de um colega de trabalho que o escreveu após alguns flames que levantei recentemente defendendo o software livre. Gostei tanto dele que resolvi publicá-lo aqui, com autorização dele.

O texto abaixo é apenas uma reflexão, um pensamento que me ocorreu e decidi compartilhar. Talvez seja apenas uma visão simplista.

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A ignorância é uma benção. Esta é uma das mais sábias frases já criadas. Todos os dias vejo ao meu redor um monte citações explícitas ou implícitas a este dito ou mesmo uma boa oportunidade para citá-lo.

Agora mesmo, pesquisando sobre a célebre frase me deparei com um blog impagável, leiam e saberão do que estou falando (http://chamberlaws.com/2008/07/a-ignorancia-e-uma-bencao.html). Lembrei também de ouvir uma frase de Hommer Simpson (sou fã do seriado): “Deus deve está muito ocupado: criando tufões ou não existindo”. Num outro episódio, Lisa, a menina inteligente e contestadora é tomada por uma forte depressão quando conclui que o mundo caminha para o caos. Lisa então toma “Ignoreitall” e passa a vê um mundo de carinhas seridentos.

Com relação ao grau de ignorância, eu vejo três tipos de pessoas:
1) O alienado: É representado aqui pela menina do comentário sobre Maria da Penha, ignora a realidade, prefere vê o mundo pelos olhos dos outros (televisão, moda, amigos). São pessoas felizes e envelhecem lentamente.

2) Parcialmente alienado: Pode ser representado pelo Hommer (apenas) da frase acima (normalmente Hommer é alienado), pode conhecer a realidade, mas não está nem ai pra ela, conforma-se. Não procura o conhecimento, mas pode adquiri-lo. Quando está diante de uma tomada de decisão prefere seguir a maioria para não sofrer. Odeia quem toma partido (crentes,
ecologistas, esquerdistas, vegetarianos, opensourcers, etc)

3) Engajado: É a Lisa sem “Ignoreitall”, preocupa-se com o mundo em vive, busca fazer sua parte e faz campanha pra “evangelizar” o próximo. Sente-se feliz por ter descoberto o nirvana, mas vive se defendendo da acusação (quase sempre justa) de ser chato. Vive em busca do conhecimento necessário para defender suas doutrinas, mas torcendo para não descobrir que está errado. Vive pouco e branqueia os cabelos precocemente.

Recentemente descobri que posso ser um engajado parcialmente alienado, basta tomar doses homeopáticas de “Ignoreitall”, assim posso eventualmente descobrir o nirvana e ao mesmo tempo andar e c@%&* para quem não me acompanhar.

Abaixo o neo-liberalismo!
Salve o planeta!
Opensource now!
Viva o linux!

Opa, hora do remedinho…

Emmanuel Ferro

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