A resposta

Estou querendo dar minha visão das respostas básicas que a humanidade procura desde que existe. De onde viemos, para onde vamos e o que estamos fazendo aqui. Penso a respeito desse assunto desde que, quando jovem, comecei a buscar, como muitos, o sentido para a vida. Faz uns 30 anos que penso nessa questão que agora escrevo. Não me perguntem as fontes. Nem as saberia citar direito. Mas elas incluem diversas linhas espirituais pelas quais passei, livros que li e principalmente meu pensamento próprio. Vamos lá então.
Tudo o que não é material em nós se resume a 2 coisas: Luz e Força. Jaquim e Boaz.
Luz é entendimento. Compreender as coisas. Saber e entender tudo no Universo. É também o diálogo, entendimento, concórdia que, no fundo, continua sendo compreensão de algo. Neste caso o outro. Luz é também o amor porque este é o sentimento de compreensão máxima. É só pensar no amor de mãe pelo filho e facilmente se compreende que qualquer que seja a situação ela o compreende integralmente.
Para compreendermos melhor o que é luz, perceba que estou falando de entender, saber, comungar em sentido
amplo. Se nos lembrarmos da luz ao passar por um prisma, percebemos que ela é constituída de muitas cores. Então aumentar a luz significa desenvolver nosso conhecimento, nossa percepção, nossa capacidade de se colocar no lugar do outro, nossa perícia na interação com o mundo (no uso de ferramentas, na desenvoltura em navegar em uma certa área do conhecimento, até mesmo na pilotagem de um veículo, esportes, etc), nosso desenvolvimento da capacidade de lidar com suas próprias emoções, nossa capacidade de lidar com situações inesperadas e com o outro, nossa capacidade de liderar, nossa capacidade de compreender as razões do outro entre muitos outros aspectos da vida.
Força é a energia para realizar. O levantar de um tijolo com o qual (com o conhecimento=luz) se constrói uma casa. Força é também o uso da força para resolver uma situação, é a corrente elétrica que gera o campo magnético que permite todas as “maravilhas da tecnologia moderna”, entre outras coisas.
Existe também o conceito de consciência. Consciência é uma quantidade. A quantidade de luz presente em alguma coisa. Luz no sentido acima. Quanto maior a luz presente em “algo”, mais consciente é este “algo”.
Acima desde Universo existe uma região que chamarei de Superuniverso. Este Superuniverso é a própria Consciência em si. Nesta região esta Consciência em estado bruto, com pouca luz, simplesmente existia. Não havia mudança, necessidade de mudança ou vontade de mudar. Em um certo momento no início dos tempos, por um motivo que ignoro, passou a existir nesta região uma Fonte de luz que corresponde ao sentimento de amor. Um entendimento maior, a Luz Universal.
Portanto neste Superuniverso existe uma oposição entre 2 estados. A Luz que tudo sabe, tudo compreende e a parte que simplesmente existe, ou seja, a parte consciente que precede a chegada dessa Fonte de Luz Universal. A Fonte de Luz Universal tem o propósito de ampliar a luz daquela Consciência.
A Fonte de Luz neste propósito de se expandir e para ampliar a luz da Consciência pré-existente comanda a criação de Universos. Faz isso criando uma perturbação nessa região que é inicialmente estática. Esse “comando”, essa “perturbação do estático” é conhecida em muitas culturas como o mantram OM.
Ao comandar essa perturbação cria então uma singularidade. Um ponto que ‘suga’ consciência pra dentro de si e que se expande a ponto de criar um Universo. Esse ponto corresponde à origem do Universo. O Big Bang. O ponto de entrada neste Universo e também o ponto a partir do qual ele se expande.
Uma parte da Consciência Cósmica é sugada para dentro deste Universo. Para que a luz desta parte da Consciência Cósmica seja ampliada é preciso atrito. Movimento. Contato com uma parte diferente de si mesmo. Mas ela, por ser um todo não gera o movimento e o atrito necessário a este processo. Ela é então dividida em incontáveis partes separadas, como que gotas de água em um oceano.
O processo de criação do Universo é também uma materialização. A criação de um “lugar’ onde este processo pode acontecer.
Então, estas “parte separadas” da Grande Consciência são presas em veículos que possibilitam este trabalho que são os corpos dos diversos seres da natureza. Sendo cada “parte separada” uma gota da consciência original.
Assim chegamos a este e outros mundos deste Universo, para conhecer e conviver com outras diferentes partes desta grande Consciência.
Cada ser na natureza possui maior ou menor grau de luz. Nesse processo a luz desses seres vai ampliando, ampliando ao ponto do nível de consciência daquele ser, estar apta a receber o intelecto.
É por isso que seu cachorro parece “quase gente”.
Para que este processo de criação de luz seja obrigatório se criou a natureza e os processos naturais, como a atração, sexo e, no caso humano, casamento (mas os outros seres também têm seus processos). Obrigando assim a convivência de um espírito com o outros (cônjuge e filhos), o que permite a evolução.
A continuidade deste processo, nascendo e morrendo muitas vezes, amplia nossa luz até chegar o dia onde estejamos com uma quantidade de luz suficiente para que ele não seja mais necessário.
Então nos reunificamos à consciência original inserida dentro deste Universo ampliando a luz da mesma.
Quando todos os espíritos chegarem a este grau, o Universo se contrai e a Consciência que aqui está volta ao Superuniverso inicial com muito mais luz do que quando entrou. Assim se dá o que os Hindus chamam da “respiração” de Brahma, com a expansão e a conseqüente contração dos Universos ao longo das eras.
Então, respondendo: de onde viemos: viemos de um superuniverso acima deste. Para onde vamos: voltar pra lá com mais luz do que entramos. Quem somos ? somos parte de um grande Consciência Cósmica presente no Superuniverso e sub-dividida neste Universo. O que estamos fazendo aqui ? ampliando nossa luz para podermos nos reunificar com esta Consciência e retornar ao Superuniverso quando todos tivermos concluído o processo.
Isto explica alguma outras coisas. Explica por exemplo porquê temos tanta dificuldade em nos modificar. É porque o estado natural “anterior” era simplesmente existirmos. E estamos aqui neste Universo pra nos transformar em algo melhor. Isso é lento, doloroso e feito através da convivência com outras pessoas e seres.
Explica porque nos sentimos tão mal com conflitos. É o atrito da resistência à mudança.
Explica porque nos sentimos tão bem quando “deixamos alguma coisa pra lá”. Estamos seguindo o fluxo do nosso destino.
E em especial explica a visão do caminho da mão esquerda (”o mal” por assim dizer). O sentido é dominar para criar um ser acima de toda humanidade, capaz de ter o poder de criar a Apoteose (o domínio completo). Mas pra quê ? Para ter o poder de resistir a essa onda de mudança. Para manter a sua “identidade”. Aquilo que que acham que os define. Para manter tudo igual impedindo esse fluxo de luz e de amor. Por excelência o caminho da mão esquerda é um caminho de estagnação espiritual. O objetivo final é levar todas as partes de volta ao superuniverso iguais ao que entraram. Uma “libertação” por esta visão. Por isso consideram o plano da Divindade uma tirania.
Mas essa vertente é só uma ilusão. Sempre foi só uma ilusão. Ilusão criada pela falta de consciência original. Esse fluxo é imparável, inquebrantável. Brahma não tosse. Ele respira continua e firmemente a longo das eras.
Abrir nosso coração é o único caminho possível. Estamos todos junto até o final dos tempos. É tempo de nos unirmos pra acelerar o processo.

Quem é o melhor escritor ?

Não dá pra responder essa pergunta. Explico: pra você definir o “melhor escritor” precisaria definir os critérios para avaliação de “melhor”. Estes critérios em qualquer forma de arte são completamente subjetivos. Um crítico com grande nível de erudição pode considerar que “melhor” seja um texto mais críptico que demostre grande nível de conhecimento da língua e de recursos ímpares. Um leitor costumeiro pode ter como “melhor” aquilo que lhe provoca maior impacto emocional. Um fã de um certo autor pode estar até inconscientemente tentado a considerar um novo livro dele melhor do que livros de outros autores. “Melhor” é uma palavra que definitivamente não é consenso.
Meu autor predileto é o Michael Ende (alemão), autor do que é pra mim o “melhor” livro que eu já li na vida, a “História sem fim”. Os critérios que eu uso para considerá-lo o melhor livro pra mim são:

-impacto emocional em mim
-grandiosidade
-grau de imaginação do autor em propor algo completamente além da imaginação comum
-um sentido maior na história
-elementos na história que vc só percebe as conexões com muito esforço e com um tanto de conhecimento “não convencional”
-beleza da narrativa
-forma de escrita (“jeito”) do autor que me é bem familiar
-elementos na história onde me encaixo e especialmente meu sentimento se encaixa.
-entre outras coisas

Tudo isso é extremamente pessoal, extremamente subjetivo e extremamente difícil de ser compartilhado por mais alguém, porque é meu… da minha personalidade que mais ninguém tem.
Além disso, hierarquizar a arte é algo perigoso. Há uma linha tênue que separa essa atitude de preconceito. Tá… eu posso sim dizer que Saramago escreve melhor que J. K. Rowling. Mas mesmo em um caso extremo como esse tem um tanto de adolescentes que não concordam comigo. Olhaí eu sendo preconceituoso. Viu como é perigoso ? 😀 Mas eu posso supostamente fazer uma comparação como essa por causa da enorme diferença de nível entre esses dois autores (posso mesmo ? tem mesmo essa diferença de nível ?). Mas se eu comparar Saramago com Guimarães Rosa a coisa já fica mais difícil. Quem está acima ? Não dá pra dizer que qualquer um deles está acima do outro. Qualquer tentativa de fazer isso muito possivelmente cairá em algum tipo de preconceito como acabei de demonstrar.
Não me entendam mal. Não tô querendo comparar coisas medíocres com coisas elevadas. Existe sim um “nível mínimo”. Não dá pra escrever errado sem estar retratando um falar de algum personagem ou alguma outra situação onde isso seja contextual e intencional. Não dá pra ser fútil ou escrever futilidades. Não dá pra ser falacioso ou raso. Fazendo um comparativo de outro tipo de arte, não estou dizendo que funk é comparável a música clássica. Existe sim uma diferença de qualidade grande entre algumas produções. Mas acima de um nível médio pra alto, aí fica bem difícil fazer isso sem cair em preconceitos.
Ainda tem os escritores técnicos, os poetas, os textos jornalísticos, tudo isso é escrita. Se um escritor técnico for excelente em repassar o conhecimento dele isso também não pode ser considerado “melhor” ? Imagina comparar um escritor técnico com um grande autor da literatura. Será que dá pra misturar alhos com bugalhos ? pra mim dá não.
Cada autor tem suas características, suas particularidades, suas belezas, seus regionalismos. E são todos incomparáveis.

Vamos lembrar do filme “Sociedade dos poetas mortos” e seu mote histórico “rasgem a página que diz que a poesia pode ser medida”.

Rótulos

Muitas vezes ouço pessoas reclamando a respeito de rótulos. Muitas pessoas não gostam de ser enquadradas neste ou naquele grupo social. Eu nunca tive problemas com a noção de rótulos. Explico:
Quando estamos aprendendo alguma coisa, muitas vezes utilizamos metáforas. Por exemplo: quando uma criança está aprendendo a somar, é comum usar objetos físicos para aprender a contar, quando um professor está dando aula, muitas vezes ele dá um exemplo quotidiano para podermos entender melhor, ou seja, nossa mente compreende por conexões com conhecimento já existente.
Também quando estamos contando a alguém a respeito de uma experiência que tivemos e que a pessoa não conhece, muitas vezes a vemos dizer algo como “ah é mais ou menos como isso ou aquilo”. Ou seja, ela está procurando em sua mente elementos de comparação para poder compreender melhor.
Algo que desconhecemos completamente e que não é parecido com nada que conhecemos é muito mais difícil de compreender.
Então nada mais que natural que, ao conhecermos alguém, procurar enquadrá-lo em um determinado rótulo: sóbrio, ativo, ansioso, doido, bondoso, violento, gay, competente, autoritário, negro, branco, oriental, pardo, atraente, feio. Seja lá o que for.
Acredito que fazemos isso pelo funcionamento normal da nossa mente de buscar conexões com o conteúdo da nossa memória.
Então o problema não são os rótulos. O problema são os juízos de valores de alguns rótulos para algumas pessoas. Não tem problema algum eu rotular alguém como “branco”, “negro”, “doido’ ou “gay”, se o meu juízo de valor dessas palavras for positivo ou pelo menos neutro.
O que tem problema é a gente viver dentro de um conjunto de rótulos limitado, sem querer expandir o conjunto dos rótulos que conhecemos e rechaçarmos qualquer contato com quem se encaixe em rótulos que ainda não conhecemos e por isso os avaliamos negativamente.
Alguns grupos sociais usam palavras negativas para se referir aos seus membros e o juízo de valor destes rótulos é positivo. Me lembro do caso do termo “maluco’ usado por alguns para brincar com amigos que compartilham de um lado alternativo da vida. Para eles esse termo, longe de significar desvio mental, significa viver uma vida livre e boa. Me lembro também de uma entrevista que vi recentemente de uma pessoa que tinha pra si um rótulo pesadíssimo para a maioria de nós (“satanista”) e ela explicava que não acreditava em seres supra-materiais. Esse rótulo era apenas o de uma figura que representa a liberdade e a luta contra a tirania. Ela mesma acredita na compaixão com todas as pessoas por mais diferentes que sejam. Ou seja, olhando de perto, poucas coisas são realmente “malignas”. Quantos “bandidos” foram capazes de gestos muito nobres ?
Por isso se o conjunto de rótulos que conhecermos for suficientemente grande, com certeza fica mais difícil dar uma conotação negativa a um rótulo específico. No momento que passamos a conhecer alguém que se encaixe em um dos rótulos que desconhecemos ou avaliamos como negativos e vivenciamos a realidade daquela pessoa a impressão negativa se dissolve. Na maioria dos casos só existe rótulo negativo se este for desconhecido para nós. Na imensa maioria das vezes o mal é apenas a ignorância a respeito de algo.
Então não nos preocupemos com rótulos e com a rotulação. Procuremos expandir o nosso conhecimento e o dos que nos rodeiam, procuremos ter e compartilhar vivências, experiências, contato com o diferente. Quanto mais rica for nossa existência e a dos que nos rodeiam, menos rótulos negativos existirão.

Mentiras

Aquele que quiser viver sem mentir tem que responder a seguinte pergunta:

Você foi convidado para ir jantar na casa de alguém com quem não tem muita intimidade e que é importante pra você (seu chefe por exemplo). A pessoa fez a comida com todo carinho. Ao comer você acha a comida muito ruim. Então a pessoa que fez a comida pergunta se está boa. E aí o que você faz ?

Nessa situação, eu minto sem nenhum peso na consciência. E acho que se você responde essa pergunta dizendo que fala a verdade pra ele, você é muito mal-educado.
Ninguém deve criar inimigos. Devemos criar amigos. Mentir nesse caso não é um ato corrupto. É uma cortesia, um agrado, uma gentileza que fazemos à pessoa que se dedicou a fazer a comida.
Já ouvi um amigo responder a essa pergunta dizendo que ele diz: “está bom”. Sendo que a pessoa entende que é a comida e ele quis dizer que o que está bom é o esforço da pessoa em fazer a comida.
A meu ver isso é uma mentira maior, porque a pessoa planejadamente, conscientemente iludiu a compreensão do outro para que entendesse uma coisa que ele não disse. É uma farsa pior que uma mentira porque envolve planejar a ilusão da compreensão do outro. A meu ver é muito mais honesto uma pequena mentira do que essa manipulação da compreensão.
Precisamos entender que não estamos num planeta puro. As pessoas estão cheias de melindres, vaidades, orgulhos. Se afrontarmos esses aspectos diretamente ao invés de sermos considerados “verdadeiros”, criamos inimigos. Somos considerados grosseiros, mal-educados. Muitos usam a expressão “sou autêntico(a)” pra justificar sua má-educação.
Então as consequências de dizer a verdade neste caso são muito piores do que dizer a mentira.
Mas o objetivo deste texto não é fazer defesa da mentira em todos os casos. Existe um limite a partir do qual a mentira é algo muito pernicioso e que deve ser realmente evitada.
Então fica a questão: qual o limite ? até onde devemos mentir e a partir de que ponto devemos falar apenas a verdade ?
Acredito que podem existir outras formas de dar esse limite. Eu uso a seguinte fórmula: toda aquela mentira que se for descoberta será compreendida como gentileza, cortesia, deve ser dita. Toda aquela mentira que se descoberta, será considerada traição NÃO deve ser dita.

Distopia ou Utopia ?

O mundo nunca foi um lugar fácil. Injustiças sempre existiram. Mas acho que o que todos queremos é viver em um mundo melhor, seja lá qual esse mundo for. Acredito que todas as pessoas quando argumentam, quando opinam sempre querem o bem.

O bem é uma unanimidade. Mesmo quem diz “querer o mal” a alguém o faz pensando em um senso de justiça, que é algo bom. Quando alguém faz faz mal a outra pessoa ou a muitas outras pessoas ela ainda quer “o bem’. Apenas quer “o bem” para si mesmo. Mas ainda é “o bem”. E mesmo quando ela segue no caminho do “bem pra si” ela pensa que só está fazendo isso porque o mundo “assim obriga”.

Então todos querem o bem. Todos querem o bem quando defendem conceitos como a meritocracia, penas mais duras, pena de morte, ordem, governo forte, desenvolvimento econômico, mais empregos.

Cada um ter que fazer por onde merecer é um conceito que parece a muitos, lógico, correto, digno. O sofrimento de quem fez sofrer parece nada mais do que a justiça. A eliminação de um indivíduo que parece a muitos nocivo parece nada mais que um alívio. Governo forte que ponha ordem na casa parece um pilar da paz. Desenvolvimento econômico lembra progresso, vida melhor. Mais empregos lembra mais desenvolvimento mais progresso.

Mas esses pensamentos e opiniões caem facilmente por terra se confrontados com algumas realidades simples, porém esquecidas.

É conveniente falar em meritocracia quando se teve uma vida difícil, mas pelo menos possível. Quando a gente conquista coisas com dificuldade mas vai conseguindo progredindo na vida. Não falo nem de quem nasceu com todas as condições porque aí é hipocrisia. Mas compreendo que quem teve uma vida difícil e conseguiu progredir ache que a meritocracia é a melhor opção. Quem vai por este pensamento esquece dos milhões que passaram fome na infância e têm dificuldades de aprendizagem, esquecem de quem teve doenças na infância por desnutrição, esquece dos muitos meios sociais intelectualmente deficientes nos quais estudar é até ridicularizado. Quantos milhões de seres humanos foram criados assim ? como fazê-los progredir se nem querer eles querem ? Se sua cultura e valores estão voltados para uma cultura que os aprisiona ? O progresso, o estudo, uma vida melhor para quem nasceu ali não é difícil. É impossível. Porque estão de tal forma condicionados ao imediatismo que a própria perspectiva de evolução não se apresenta.

O que fazer com eles ? Eles merecem morrer por não terem a capacidade para se encaixar no “esquema das coisas” ? Merecem morrer por não terem perspectivas ? O que fazemos com o “seu fulano” que mal sabe fazer as quatro operações ? Vamos matá-lo também ? mesmo ele sendo uma boa pessoa que nunca fez mal a ninguém e sempre tratou todo mundo bem ?

Alguns deles são tão ruins em fazer escolhas certas na vida que só vêm a criminalidade como opção. Sua mente simplesmente não vê outra saída. O que fazer então ? Será que a pena de morte é o adequado a todos eles ? devemos realmente trazer de volta as “câmaras de gás” nazistas para dar conta de todos eles ?

Será que não é a nossa mente que está também limitando suas opções ?

Se concordamos que pessoas sem capacidade e que tendem a fazer péssimas escolhas não merecem morrer, começarmos a enxergar que a atual estrutura social que vivemos não tem como resolver os problemas sociais. Ela é que é a fonte dos problemas porque se baseia na premissa de “cada um por si”.

Alguns simplesmente não têm a capacidade de sobreviver dignamente por si próprios. E agora ?

Não me diga que projetos assistencialistas do governo vão resolver isso porque não vão. Estes projetos são sempre de alcance limitado e são somente paliativos e muitas vezes estão lá apenas para que o governo possa fazer propaganda em tempo de eleição.

Você pode também observar o que está surgindo ao nosso redor. Com certeza tem ouvido cada vez mais se falar de drones. Drones entregando coisas, drones garçons, drones militares. Você vê a automatização ganhando força substituindo profissões em todos os lugares, desde as mais complexas indústrias até lanchonetes. Você está vendo a indústria automobilística competindo a toda velocidade para colocar carros autômatos no mercado. Você vê impressoras 3D cada vez mais baratas e produzindo coisas cada vez mais complexas. Você vê robôs substituindo soldados em todo canto.

Pergunto: o que será de nossa estrutura social “capitalista”, do nosso modelo dito “econômico” quando o desemprego atingir 90% ou mais ? Quando não houverem mais empregos porque todos os empregos forem substituídos por robôs ? Quando todos os caminhões, trens, aviões, carros e motos que hj são conduzidos por pessoas forem autômatos ? Quando a TV tiver acabado porque ninguém mais assiste a uma mídia onde não podemos escolher nem quando nem o que assistir ? O que farão os jornalistas quando não existirem mais jornais porque blogs são muito mais interessantes e direcionados ? Quando o diagnóstico médico for muito mais correto usando redes neurais e quando os cirurgiões forem substituídos por robôs mais precisos ?

Ainda teremos condições de manter a fantasia da ‘meritocracia” ?

Você acha realmente viável com a população aumentando do jeito que está fazer uma sociedade intelectualmente deficiente alcançar o nível de trabalhar em profissões intelectualmente avançadas ?

Só há um caminho possível: cada ser humano tem que ter todas as condições para viver, apenas porque nasceu. O “merecimento” dele é ter nascido. Todas as condições implica: casa, comida, roupa, materiais de estudo, móveis, transporte, assistência médica e materiais de estudo livres. Tudo tem que ser livre pra todos.

Ria. Parece utópico né ? Mas você prefere utopia ou distopia ?

Ao contrário de utópico esta ideia é que é a realidade de facto. Dinheiro, modelo econômico, estado, lei, emprego, meritocracia, capitalismo, bancos, empresas… tudo isso são apenas construções sociais.

Necessidade de ter uma casa, necessidade de comer, necessidade se vestir (frio), necessidade de estudar como as coisas funcionam, necessidade de utensílios para manipular coisas, necessidade de transporte, necessidade de assistência médica são coisas criadas pela natureza, uma força muito maior que qualquer construção humana.

Pense da seguinte forma: o que está acima ? nossas construções sociais ou as forças naturais que regem o homem ? o que é mais importante ? a sobrevivência do homem ou a sobrevivência de uma estrutura social criada por ele ?

Não tem jeito: é o homem que tem que se adequar à natureza e não o contrário como nossa arrogância às vezes faz parecer.

Então você pode pegar essa ideia e usar palavras marcadas como “assistencialismo”, “comunismo” ou outras. Eu vejo como única opção possível garantir a sobrevivência e vida digna de todos.

Só nos livramos de um futuro distópico se acreditarmos que a utopia é possível e começarmos a caminhar pra lá.

A respeito do “Caso dos exploradores de cavernas”

Há algum tempo li um pequeno livro que é muito usado nos cursos de Direito: “O caso dos exploradores de cavernas” de Lon L. Fuller. O livro expõe um caso fictício, um julgamento e as diversas argumentações que os personagens juristas fizeram do caso. Faço um breve resumo:

Alguns exploradores entraram em uma caverna e houve um desmoronamento que fechou a entrada da caverna. Depois de algum tempo a família enviou resgate, mas foi difícil, novos desmoronamentos ocorriam. Depois de 20 dias conseguiram se comunicar e eles perguntaram quantos dias demorariam pra sair. O resgate perguntou se podiam aguentar sem comer por mais 10 dias e a resposta foi negativa. O canibalismo foi considerado. A escolha era: ou morriam todos ou apenas um morria. Jogaram-se os dados e um deles perdeu, foi morto e devorado pelos demais. Quando o regate chegou eles foram levados ao tribunal para serem julgados pelo ato.
Em seguida temos as várias opiniões: um jurista defende a absoluta necessidade deles e argumenta que as leis não estavam valendo porque as leis são sociais e ali não é uma sociedade. Outro pergunta em que momento elas deixaram de valer, se compadece porém se atém à letra da lei. Outro diz que compreende mas o trabalho dos juristas não é moral, é legal. Outro vai segundo a opinião pública de libertar. No final, embora todos os juritas saibam o que é o correto a se fazer (a libertação dos condenados) pelo empate a 1a opção da letra da lei vale e eles são condenados à morte.

Ao ler este texto na perspectiva de leigo na área de direito, a impressão que tenho é de completa falência desta área profissional. Se um texto como esse é o “recomendado” aos acadêmicos, então o melhor é procuramos outra forma de trazer a justiça pra sociedade. Essa não deu certo.
A função primeira do direito é fazer justiça. Corrigir distorções. Punir atos reprováveis. Não é função primeira a interpretação de texto. A justiça tem que vir antes de qualquer lei. Leis são apenas construções humanas. Frutos da vida em sociedade e da cultura humana. A justiça está acima disso.
Parece-me que neste caso engrossamos demais o “verniz civilizatório”. Criamos um sistema de leis para poder julgar conflitos e ao invés de julgarmos e fazermos justiça nos atemos a “qual a interpretação mais correta de um texto”. Deveria existir um instância acima destes textos que criamos. A instância da justa medida de cada um. Dar a cada um o seu quinhão. Não, não sou Maçon. Mas esta expressão serve como uma luva neste caso.
Na verdade esta instância existe. Apenas não é aplicada pelos homens. Mas. assim como qualquer outra coisa, quem criou o direito fomos nós. Temos a capacidade potencial desentortá-lo. Mas antes precisamos ter em nós o praticado da justa medida, dando a cada um seu quinhão. Enquanto estivermos querendo fazer leis para ganharmos vantagens sobre os outros, continuaremos a ensinar nossos acadêmicos de direito com textos de introdução à corrupção como “O caso dos exploradores de cavernas”.

Balizar-se

A vida pode ser vivida deixando que os acontecimentos nos conduzam. Podemos ser apenas passageiros no barco da vida, nos sentindo bem quando acontecem benesses e mal quando o sofrimento se apresenta.
Para quem assim vive, pouco importa o juízo de valor do comportamento pois apenas sente o passar do tempo sem ser um agente ativo em seu destino.
Mas um bom número de pessoas se preocupa sim em procurar acertar em suas decisões. Em achar um “norte” uma “direção”. Algo que sirva como balizador, que possa servir de guia para as decisões que surgem na vida de cada um.
Este balizador é dado por uma multiplicidade de meios: pais, escola, amigos, conhecimento científico, religião e a própria experiência de vida são alguns deles. Normalmente se apresentam em forma de ensinamentos que aprendemos e refinamos ao longo da vida.
Algumas pessoas procuram criar sistemas, métodos de aprendizagem, grupamentos de ensinamentos que procuram auxiliar a viver. Cada um deles adequado a algumas compreensões e inadequado para outras.
Vejo entretanto que estes ensinamentos têm uma polarização binária: alguns têm como base uma atitude mais voltada ao individualismo e outros ao coletivismo.
Vejo na raiz deles 2 visões arquetípicas:
-a visão individualista competitiva de que cada ser humano deve buscar o melhor para si mesmo, tendo como meta seu desenvolvimento pessoal e portanto esse objetivo faz com que (para ele) sua individualidade tenha importância superior ao outro. Nesta visão o “si mesmo” é muitas vezes disfarçado como “minha família”, “meus amigos”, “meu meio”, de forma a justificar pra si mesmo a correção do seu pensamento. Reparemos que neste caso justifica-se dizendo que não é “para si” e sim “altruisticamente” para a família, amigos, etc.
-a visão coletivista cooperativista que já compreende que o nosso bem depende do bem comum porque cada ser humano está intrinsecamente ligado a todos os outros seres humanos na Terra. O sofrimento de um ser humano que às vezes parece estar tão longe de nós, é sujeito a nos atingir rapidamente.
Vejo que dessas duas visões, apenas uma é verdadeira. A outra é uma ilusão, que leva no final das contas à outra porque a pessoa, ao buscar o caminho da visão individualista/competitiva, percebe que o sofrimento que ali existe e que às vezes precisa gerar, retorna pra ela em forma de portas fechadas, oportunidades perdidas e (falando genericamente) mais sofrimento.
Já na outra visão procuramos nos melhorar, pensar menos em nós e pensar mais enquanto coletividade humana. Procuramos auxiliar à melhora da humanidade como um todo.
Então se somos uma dessas pessoas que busca um norte, que busca encontrar quais os melhores conceitos para nos guiar vejo que precisamos tomar uma decisão antes de qualquer outra: escolher qual das visões queremos que norteie nossa vida.
Qualquer decisão que tomemos a este respeito é boa, porque um caminho leva à evolução à busca por um aprimoramento constante e o outro leva ao aprendizado de que este primeiro objetivo é que é o único caminho possível.
Quando escolhemos a visão coletivista, a visão de entender que o coletivo é superior ao individual, ampliamos nossa perspectiva da realidade e as pequenas contrariedades do dia a dia ganham uma dimensão muito menor e mesmo nossa própria individualidade diminui.
Então compreendemos que há necessidade de trabalhar para que estes sentimentos possam se multiplicar e ir melhorando a humanidade ao longo do tempo.
Procuramos então o caminho da ética, de afastar os sentimentos duros, pesados e procuramos cultivar os bons sentimentos e o desapego da negatividade.
Aprendemos a dosar firmeza de propósito, complacência, justiça e bondade. Apendemos a abandonar o que piora os nossos sentimentos e fortalecer o que os melhora.
Aceitamos então isso como nosso dever e assim passamos conduzir nossa vida. Esta ética passa a ser o nosso balizador e não mais o querer pra si (leia-se para nossa família/amigos/meio/país), porque compreendemos que nossa família é a humanidade e só há possibilidade de recebermos boas coisas quando toda a humanidade também receber. Porque senão para que sejamos felizes temos que o olhar para o lado e não ver o sofrimento alheio, o que já carrega um egoísmo em si. Há que trabalhar por uma ética para a humanidade, ao invés da busca do melhor pra si. Procurar a coragem de fazer o que é necessário, procurar desenvolver em nós a paciência com nosso próximo, a bondade inquebrantável mesmo perante a injustiça, a retidão de caráter, a sobriedade, a fidelidade e lealdade sem comprometer a ética. Procurar o equilíbrio no pensamento e nas decisões. Focar no trabalho árduo para nos melhorarmos e melhorarmos a humanidade como um todo.
Todos nós estamos neste caminho. Com uma ou outra visão, só há um caminho. Porque um caminho leva ao outro.
Sendo assim nossos irmãos que estão procurando acertar mas cometem erros (às vezes graves) precisam ser tratados com o balizador que escolhemos inicialmente: se a pessoa escolhe o balizador da individualidade, estes irmãos passam a ser um problema no caminho de realizar suas aspirações e só o que importa é tirá-los do nosso caminho. Ao tratá-los desta forma recebemos mais sofrimento e nossas aspirações ficam ainda mais distantes.
Já se escolhemos o balizador da coletividade compreendemos que quando encontramos um irmão no erro o que ele precisa é de auxílio para encontrar o caminho para fora daquela situação e assim trazer paz pra ele e pra nós. O melhor neste caso é entender que nós temos uma ligação com aquele ser por mais distante que ele nos pareça agora.
E é por isso também que precisamos compreender que para alguns casos há necessidade daquele irmão passar por um sofrimento para que possa enxergar melhor como evoluir.
E é por isso que precisamos do balizador da ética para podemos entender que este processo precisa iniciar em algum momento e quanto antes aquele irmão chegar na correção do seu comportamento melhor.
E é por todos esses motivos que em certos casos mais graves precisa também de haver a coragem para intervir uma vez que todos nós fazemos parte da coletividade. Intervir dentro da correção, da retidão, da ética e da bondade mas também não ser complacente com delitos graves, porque não devemos permitir que o erro seja perpetuado. Erros são para serem corrigidos.
Mas há que ter o bom senso de distinguir quando uma situação é grave o suficiente para isto e quando um irmão errou mas está se esforçando por melhorar.
Então concluindo, o que precisamos entender é que o balizamento pela coletividade é o único caminho possível e neste caminho precisamos pautar pela ética, correção, equilíbrio, fidelidade mas também precisamos auxiliar nossos irmãos a chegarem a um momento melhor em suas vidas, tendo coragem pra fazer o que é necessário e não sendo coniventes com comportamento que geram sofrimento e levam a mais sofrimento para ele e para os outros.
Precisamos de paz e paz só se constrói em união. Todos juntos dando as mãos nos auxiliando mutuamente a subir pra uma compreensão mais elevada e um mundo mais justo.

Suco de laranja

Já reparou como você encontra suco de laranja natural em qualquer lanchonete ? E como suco de outras frutas na maioria das lanchonetes é sempre de polpa ? A razão é óbvia. Pra se fazer suco de laranja natural é tão ou mais fácil do que fazer suco usando polpa de fruta. É só cortar as laranjas e espremer no espremedor.
Mas para outras frutas já é mais difícil. Bananada precisa descascar, cortar e colocar no liquidificador, manga dá trabalho pra descascar antes de fazer o suco, uva precisa tirar os caroços uma a uma senão fica azedo e assim vai.
Então se você se contenta com um suco de laranja, você pode encontrar em qualquer lugar. Não que o suco de laranja seja ruim. Ele é só… comum.
Já sucos naturais de outras frutas, só em casas de sucos, nas melhores lanchonetes ou se preparar você mesmo.
Mas aí precisa estar preparado para ter mais trabalho para tomar suco de uma fruta menos comum que uma laranja. Precisará descascar, às vezes tirar os caroços, às vezes remover as sementes. Mas também se deliciará com algo menos corriqueiro que um suco de laranja.
Para os incautos: por favor leia nas entrelinhas. Este não é um texto a respeito de sucos.

Serenidade

Às vezes fico pensando nas fortes emoções que alguns esportes radicais provocam. Eu entendo bem essa sensação, era ela que me levava a buscar mais e mais emoções intensas. Quem tem essa sensação dentro de si busca a intensidade do momento. Busca fazer algo acessível a muito poucos seres humanos. Expandir os limites da capacidade humana. Ou ao menos é isso que ele(eu) diz(ia) a si(mim) mesmo.
Até hj eu acharia legal voltar a saltar de pára-quedas ou passar raspando na beira de uma montanha a 200 km/h num desses novos wingsuits, ou entrar pro clube dos 300km/h. Ou viajar pelo mundo em lugares extremos.
Fico pensando… é útil essa vontade ? de superar limites físicos ? de experimentar o que poucos experimentam ?
O que eu ganhei com muitas emoções intensas, muitas aventuras, viagens e outras coisas como essas ?
Bem eu…
Aprendi a pensar e reagir rápido.
Aprendi a ser duro, a não me importar com condições ruins, aprender a suportar condições adversas por longos períodos de tempo.
Aprendi que quando estamos na frente temos que manter a velocidade ou quem está atrás logo nos alcança.
Aprendi que o custo de errar é o chão. E apesar de saber disso, simbólicamente fui pro chão da vida várias vezes.
Aprendi que precisamos pensar antes o que pode acontecer e estar atento pras distrações do outro pq elas podem custar a vida.
Aprendi que se a pessoa não se prevenir, pode acordar no céu rapidinho (se tiver sorte).
Ganhei um vício por experiências/sensações/emoções extremas do qual é difícil se libertar. Não se contentar com nada que não seja extremamente intenso e achar o mundo chato por causa disso, o que impede a paz, pq pra haver paz há a necessidade de serenidade.
Ganhei um saco bem cheio por qualquer tipo de “competição” e a compreensão de que cooperar é bem melhor que competir.
Então por todas essas coisas, ainda é útil esse sentimento de “ir além” ?
Se examinarmos bem, o que está por trás desse sentimento ? poderá ser o orgulho de querer ser melhor e mais capaz do que o outro ? Se analisarmos ainda mais será que chegaremos a ver que isso é uma defesa por se sentir pouco respeitado pelos outros ?
A humanidade avança por alguém conseguir dar 3 giros no ar com uma moto ? ou por se conseguir uma cesta de 3 pontos de costas ? ou por saltar de um penhasco com um páraquedas ?
Às vezes eu acho que sim. Às vezes eu acho que não.
Os motivos para o “sim” são dar ao ser humano a prova de que nada é impossível a ele. Inspirar a fazer mais e mais. Evoluir a ele e aos limites da humanidade com ele. O custo é a perda de vidas e várias vidas mutiladas.
Os motivos para o “não” são se aproximar de seu irmão e evoluir mais devagar junto com ele. O custo são vidas monótonas e sem sentido para todos aqueles para os quais a intensidade é o que inspira suas vidas.
Talvez seja melhor o caminho do meio. Do equilíbrio. Viver vidas pacíficas e calmas com “pitadas” de aventura, para expandirmos nossas mentes mais devagarinho.
Talvez todas as opções estejam certas. Pode ser que para os que têm essa necessidade de intensidade, eles precisem vivê-la e colher as conseqüências para assim aprenderem a ir para mais perto de seus irmãos mais calmos. E os mais calmos precisem viver vidas monótonas para ficar de saco cheio suficente para que queiram viver a vida com intensidade, para depois aprender mais e retornar à calma mais pra frente, mais experientes, mais vividos e com uma serenidade mais verdadeira.
Quando penso assim sinto uma verdadeira serenidade. Que tudo está certo e caminha para a evolução. Que cada coisa tem seu lugar, intensidade, serenidade, calma e monotonia (ou devo dizer paciência ?).
Sim… mas e qual é a MINHA resposta ? Não tenho certeza. Acho que o objetivo deste texto não era desde o início dar certeza e sim promover a reflexão.
Cada um que chegue à sua própria serenidade.