A resposta

Estou querendo dar minha visão das respostas básicas que a humanidade procura desde que existe. De onde viemos, para onde vamos e o que estamos fazendo aqui. Penso a respeito desse assunto desde que, quando jovem, comecei a buscar, como muitos, o sentido para a vida. Faz uns 30 anos que penso nessa questão que agora escrevo. Não me perguntem as fontes. Nem as saberia citar direito. Mas elas incluem diversas linhas espirituais pelas quais passei, livros que li e principalmente meu pensamento próprio. Vamos lá então.
Tudo o que não é material em nós se resume a 2 coisas: Luz e Força. Jaquim e Boaz.
Luz é entendimento. Compreender as coisas. Saber e entender tudo no Universo. É também o diálogo, entendimento, concórdia que, no fundo, continua sendo compreensão de algo. Neste caso o outro. Luz é também o amor porque este é o sentimento de compreensão máxima. É só pensar no amor de mãe pelo filho e facilmente se compreende que qualquer que seja a situação ela o compreende integralmente.
Para compreendermos melhor o que é luz, perceba que estou falando de entender, saber, comungar em sentido
amplo. Se nos lembrarmos da luz ao passar por um prisma, percebemos que ela é constituída de muitas cores. Então aumentar a luz significa desenvolver nosso conhecimento, nossa percepção, nossa capacidade de se colocar no lugar do outro, nossa perícia na interação com o mundo (no uso de ferramentas, na desenvoltura em navegar em uma certa área do conhecimento, até mesmo na pilotagem de um veículo, esportes, etc), nosso desenvolvimento da capacidade de lidar com suas próprias emoções, nossa capacidade de lidar com situações inesperadas e com o outro, nossa capacidade de liderar, nossa capacidade de compreender as razões do outro entre muitos outros aspectos da vida.
Força é a energia para realizar. O levantar de um tijolo com o qual (com o conhecimento=luz) se constrói uma casa. Força é também o uso da força para resolver uma situação, é a corrente elétrica que gera o campo magnético que permite todas as “maravilhas da tecnologia moderna”, entre outras coisas.
Existe também o conceito de consciência. Consciência é uma quantidade. A quantidade de luz presente em alguma coisa. Luz no sentido acima. Quanto maior a luz presente em “algo”, mais consciente é este “algo”.
Acima desde Universo existe uma região que chamarei de Superuniverso. Este Superuniverso é a própria Consciência em si. Nesta região esta Consciência em estado bruto, com pouca luz, simplesmente existia. Não havia mudança, necessidade de mudança ou vontade de mudar. Em um certo momento no início dos tempos, por um motivo que ignoro, passou a existir nesta região uma Fonte de luz que corresponde ao sentimento de amor. Um entendimento maior, a Luz Universal.
Portanto neste Superuniverso existe uma oposição entre 2 estados. A Luz que tudo sabe, tudo compreende e a parte que simplesmente existe, ou seja, a parte consciente que precede a chegada dessa Fonte de Luz Universal. A Fonte de Luz Universal tem o propósito de ampliar a luz daquela Consciência.
A Fonte de Luz neste propósito de se expandir e para ampliar a luz da Consciência pré-existente comanda a criação de Universos. Faz isso criando uma perturbação nessa região que é inicialmente estática. Esse “comando”, essa “perturbação do estático” é conhecida em muitas culturas como o mantram OM.
Ao comandar essa perturbação cria então uma singularidade. Um ponto que ‘suga’ consciência pra dentro de si e que se expande a ponto de criar um Universo. Esse ponto corresponde à origem do Universo. O Big Bang. O ponto de entrada neste Universo e também o ponto a partir do qual ele se expande.
Uma parte da Consciência Cósmica é sugada para dentro deste Universo. Para que a luz desta parte da Consciência Cósmica seja ampliada é preciso atrito. Movimento. Contato com uma parte diferente de si mesmo. Mas ela, por ser um todo não gera o movimento e o atrito necessário a este processo. Ela é então dividida em incontáveis partes separadas, como que gotas de água em um oceano.
O processo de criação do Universo é também uma materialização. A criação de um “lugar’ onde este processo pode acontecer.
Então, estas “parte separadas” da Grande Consciência são presas em veículos que possibilitam este trabalho que são os corpos dos diversos seres da natureza. Sendo cada “parte separada” uma gota da consciência original.
Assim chegamos a este e outros mundos deste Universo, para conhecer e conviver com outras diferentes partes desta grande Consciência.
Cada ser na natureza possui maior ou menor grau de luz. Nesse processo a luz desses seres vai ampliando, ampliando ao ponto do nível de consciência daquele ser, estar apta a receber o intelecto.
É por isso que seu cachorro parece “quase gente”.
Para que este processo de criação de luz seja obrigatório se criou a natureza e os processos naturais, como a atração, sexo e, no caso humano, casamento (mas os outros seres também têm seus processos). Obrigando assim a convivência de um espírito com o outros (cônjuge e filhos), o que permite a evolução.
A continuidade deste processo, nascendo e morrendo muitas vezes, amplia nossa luz até chegar o dia onde estejamos com uma quantidade de luz suficiente para que ele não seja mais necessário.
Então nos reunificamos à consciência original inserida dentro deste Universo ampliando a luz da mesma.
Quando todos os espíritos chegarem a este grau, o Universo se contrai e a Consciência que aqui está volta ao Superuniverso inicial com muito mais luz do que quando entrou. Assim se dá o que os Hindus chamam da “respiração” de Brahma, com a expansão e a conseqüente contração dos Universos ao longo das eras.
Então, respondendo: de onde viemos: viemos de um superuniverso acima deste. Para onde vamos: voltar pra lá com mais luz do que entramos. Quem somos ? somos parte de um grande Consciência Cósmica presente no Superuniverso e sub-dividida neste Universo. O que estamos fazendo aqui ? ampliando nossa luz para podermos nos reunificar com esta Consciência e retornar ao Superuniverso quando todos tivermos concluído o processo.
Isto explica alguma outras coisas. Explica por exemplo porquê temos tanta dificuldade em nos modificar. É porque o estado natural “anterior” era simplesmente existirmos. E estamos aqui neste Universo pra nos transformar em algo melhor. Isso é lento, doloroso e feito através da convivência com outras pessoas e seres.
Explica porque nos sentimos tão mal com conflitos. É o atrito da resistência à mudança.
Explica porque nos sentimos tão bem quando “deixamos alguma coisa pra lá”. Estamos seguindo o fluxo do nosso destino.
E em especial explica a visão do caminho da mão esquerda (”o mal” por assim dizer). O sentido é dominar para criar um ser acima de toda humanidade, capaz de ter o poder de criar a Apoteose (o domínio completo). Mas pra quê ? Para ter o poder de resistir a essa onda de mudança. Para manter a sua “identidade”. Aquilo que que acham que os define. Para manter tudo igual impedindo esse fluxo de luz e de amor. Por excelência o caminho da mão esquerda é um caminho de estagnação espiritual. O objetivo final é levar todas as partes de volta ao superuniverso iguais ao que entraram. Uma “libertação” por esta visão. Por isso consideram o plano da Divindade uma tirania.
Mas essa vertente é só uma ilusão. Sempre foi só uma ilusão. Ilusão criada pela falta de consciência original. Esse fluxo é imparável, inquebrantável. Brahma não tosse. Ele respira continua e firmemente a longo das eras.
Abrir nosso coração é o único caminho possível. Estamos todos junto até o final dos tempos. É tempo de nos unirmos pra acelerar o processo.

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